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Pastor Aluízio A.Silva, fundador da Igreja Videira, fala sobre Feliciano

Muitos irmãos têm insistido para que eu me posicione sobre todo esse debate em torno do Deputado Marcos Feliciano. Mas a respeito desse assunto não tenho muito o que dizer. No entanto, gostaria de apontar alguns princípios gerais que deveriam nortear a ação política de um evangélico.

Em primeiro lugar todo pastor que desejasse se candidatar deveria renunciar ao seu título de pastor, bispo ou qualquer outro. O discurso político não pode se misturar com a pregação da Palavra de Deus. Sempre que um pastor for julgado, deve ser por causa de sua convicção religiosa. Quando um pastor político resolve pregar no plenário, temos uma situação desconfortável para todos os evangélicos.





Além disso um político evangélico não deve ter a pretensão de falar em nome de todos os evangélicos. Ele deve falar apenas em nome daqueles que o elegeram. Em segundo lugar precisamos entender que, para o incrédulo, devemos pregar o evangelho e não a Bíblia. Se pregamos a Bíblia corremos o risco de jogar pérolas a porcos ou pior, podemos externar opiniões teológicas excêntricas que somente cabem numa discussão dentro da Igreja.

Em terceiro lugar eu creio que devemos mudar as condições sociais por meio da política, mas não creio que a política seja o único e nem o melhor meio para se mudar as condições morais. E quando digo condições morais não me refiro a moral humanista prevalecente, mas a moral bíblica. Todos querem acabar com a corrupção e a violência – o que é bom – mas nem todos acreditam que aborto ou casamento homossexual sejam valores morais. Um político cristão deve se levantar contra aquilo que todos condenam, mas não pode se omitir quanto a aqueles valores que a Bíblia condena.

No entanto, aqueles que desejam levantar uma bandeira contra o casamento homosexual, aborto e coisas semelhantes devem fazê-lo nos limites do debate e do voto em plenário. Tentar tomar de assalto uma comissão do parlamento ou tentar fazer prevalecer sua opinião pela força é absolutamente impróprio.

Um político cristão precisa acima de tudo lutar pela democracia, pela liberdade de expressão e pela liberdade religiosa. Esses valores são vitais para que continuemos pregando o evangelho livremente. Isso implica que devemos zelar para que qualquer um tenha a liberdade de adorar o que quiser e quem preferir. Mas também significa zelar para que um pastor possa livremente condenar qualquer pecado que a Bíblia condena.

Um político cristão não pode deixar de manifestar seu repúdio a temas que a Bíblia claramente condena, entretanto, não podemos negar aos outros a liberdade que queremos para nós mesmos. Evidentemente não sou a favor do homossexualismo, mas penso que não há como impor nossos valores morais a pessoas que não são convertidas. Creio que um político cristão tem o direito de se levantar contra isso, mas ele precisa fazê-lo dentro dos limites da própria democracia.

Esperamos que os políticos evangélicos batalhem contra a corrupção, a violência e a injustiça, mas infelizmente o que estão fazendo é acentuar ainda mais os preconceitos e rancores, estimulando a exclusão e a intolerância. E o pior: tudo isso em nome de Deus (e no meu e no seu nome também!).

Nós somos contra o casamento homossexual e também somos contra o aborto, mas também somos contra a violência doméstica e nas ruas, a pobreza, a escravidão moderna, a injustiça. Precisamos defender a família como Deus a planejou, mas não podemos nos esquecer da tolerância e do amor.
 fonte : http://pregacoes.cristonews.com.br/

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